Sucessão em empresa familiar exige planejamento e comprometimento

No Brasil, cerca de 90% das empresas têm um perfil familiar. Provavelmente é o caso do seu negócio, não é mesmo?

E quando falamos em empresa familiar um ponto que merece uma atenção especial é a sucessão. Afinal, o perfil empreendedor não é característica genética.

Prova disso é que são poucas as empresas familiares que resistem à sucessão. Segundo estudo recente, apenas 30% têm êxito ao passar da primeira para a segunda geração.

E um dos principais motivos para isso é a falta de um planejamento sucessório. O sucesso na transição exige comprometimento de fundadores e herdeiros com a profissionalização, além de alinhamento estratégico e estruturação de processos.

Outro ponto que geralmente atrapalha na longevidade das empresas familiares é a falta de separação entre o que é empresa e o que é família. Por isso, é fundamental separar os gastos da empresa dos gastos pessoais de seus administradores.

Mas essa é uma questão que vai além das finanças. É complicado demitir um parente, por exemplo. Por isso o ideal é ter processos gerenciais bem estruturados, com análise de desempenho da equipe, além de critérios objetivos para remunerar e promover.

Outro ponto fundamental para um processo de sucessão bem executado é a profissionalização do sucessor. Especialistas indicam usar como referência o critério 70-20-10, que dá peso aos diferentes fatores que influenciam um bom desenvolvimento profissional.

De acordo com esse critério, 70% dependem dos desafios e experiências vivenciadas, 20% da interação com pessoas mais experientes e 10% de uma boa formação educacional.

E por último, mas não menos importante, é preciso ter em mente que a sucessão é apenas uma alternativa. A empresa pode ser vendida ou ter um administrador externo. A decisão passa necessariamente pela disposição e preparo dos sucessores.

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